terça-feira, 8 de julho de 2014

O idolatrar


Eu te abracei com fervor
como quem abraça o redentor.
Eu te beijei perdidamente
como quem ama loucamente.

Você é meu encanto
meu chão, minha calma então.
É o meu andar, o meu ar, o meu desejar.

Se me entrego para ti tu me largar;
me acaba, me abandona.

Eu fecho os olhos e te venero,
em meus sonhos tu vagas livremente;
andando pelo pátio
lembro da gente.

O amor não é este medo,
ele acontece sem querer.
Suas ilusões chegaram até mim,
mas elas irão embora
quando eu for dormir.

Mas vou ficando sem ar,
esperando quem sabe
um dia você voltar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário